Cabernet Sauvignon
Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
Uva Merlot: Tudo o que você precisa saber sobre a uva Merlot
Quando nos referimos às uvas emblemáticas, nos perguntamos qual representaria o Brasil, e muitos consumidores respondem prontamente: Merlot. Amplamente cultivada em território nacional, agradando os mais distintos paladares, desde os novos entusiastas até os amantes do vinho de longa data.
Além da Merlot, a Cabernet Sauvignon representa uma grande parcela na produção vinícola brasileira e mundial, e isso provavelmente você já sabia. Mas, por acaso, conseguiria diferenciar uma da outra?
Antes de propor esse desafio, vamos esclarecer tudo que você precisa saber sobre a uva Merlot, sua origem, principais características e dicas de harmonização! Continue acompanhando o texto, e lembre que leitura e uma bela taça de vinho são companhias perfeitas.
De onde vem a uva Merlot?
A origem do nome “Merlot” é um pouco controversa, mas, de maneira geral, há um consenso quanto à sua relação com o pássaro-preto (ou merlo), chamado de merle na França. Aquele mesmo da canção de Paul McCartney.
Só não se sabe bem se a uva foi apelidada de “merlinha” (merlot) por causa de sua cor negro-azulada, como as penas da ave, ou porque é uma das preferidas do pássaro, que torna-se uma praga para os viticultores.
De qualquer jeito, sua história começa na França, embora seja, hoje uma das uvas mais cultivadas no Novo Mundo.
Qual a sua História?
Assim como diversas outras variedades de uvas viníferas vieram do Oriente Médio para conquistar a Europa ao longo da história do vinho, a Merlot também teria sido trazida à França de lá. Aliás, seu primeiro registro de uso na elaboração do vinho é relativamente recente, datando de 1784, na região de Bordeaux.
De acordo com os cientistas que estudam as uvas e videiras — que, para quem não sabe, se chamam ampelógrafos —, a Merlot é, como suas irmãs Carmenère e Cabernet Sauvignon (outras duas francesas bem famosas), descendente da Cabernet Franc.
Atualidade
Apesar de só ter aparecido no século XVIII, não demorou para a Merlot se espalhar de Bordeaux para o mundo. Em 1855, ela já aparece nos registros de uvas tintas cultivadas na Itália com o nome de Bordò, sendo hoje, como dissemos, a segunda mais cultivada do planeta.
Um fator que favoreceu esse sucesso estrondoso foi sua adaptabilidade aos mais distintos solos e climas do Novo Mundo, dentre os quais, o Brasil vem se destacando desde a década de 1970. De fato, a uva gostou tanto da Serra Gaúcha que há quem diga que ela deveria ser o emblema da nossa principal região produtora, já pensou?
Para se ter uma ideia, apenas metade da produção mundial de Merlot vem da região de Bordeaux (onde ocupa o dobro de hectares cultivados com Cabernet Sauvignon). O restante está distribuído pelas mais variadas localidades como Israel, Romênia, México, Califórnia, Nova Zelândia, Suíça, África do Sul, Canadá, Chile, Uruguai, Argentina e, claro, o Brasil.
Quais são suas Principais Características?
Outra polêmica em torno da Merlot — dessa vez, bem mais controversa que a questão do nome — tem a ver com o momento de colheita das uvas. A coisa é tão séria que acabou dividindo o estilo de produção em dois, dependendo do momento em que a uva é colhida, acredita? Entenda!
Padrão Internacional
Uma das grandes vantagens do cultivo da Merlot fora da Europa é o fato de ela amadurecer rápido e poder ser colhida mais cedo, antes que chuvas e outros problemas climáticos possam prejudicá-la.
Para alguns, no entanto, na realidade, ela fica muito mais gostosa quando é deixada por mais tempo no cacho, já que fica ainda mais concentrada.
Esse é o padrão mais usado nos vinhos produzidos no Novo Mundo com a Merlot. Suas características são:
* - Aroma intenso;
* - Nitidamente frutada, remetendo a frutas negras maduras, como ameixas e mirtilos;
* - Taninos macios e maduros;
* - Menor acidez.
Padrão Francês
O segundo “estilo”, por assim dizer, de produção de vinhos com a Merlot, prefere a colheita no momento certo, sem deixar que ela amadureça em demasia. De acordo com os puristas, esse método permite que a bebida mantenha sua elegância e leveza originais, deixando-a mais fresca e aumentando sua longevidade.
No Brasil, como na França, essa é a forma de cultivo predominante, já que ajuda a proteger as videiras das chuvas de verão. As características do vinho elaborado com a uva colhida no período "ideal” são:
* - Aromas delicados;
* - Frutado, porém evidenciando frutas frescas e mais ácidas, como morango ou framboesas;
* - Taninos firmes;
* - Acidez marcante, porém não agressiva.
Blend ou Varietal
Tanto em uma linha como na outra, quando comparada a outras uvas, a Merlot chama a atenção por ser frutada e aveludada, mais um motivo pelo qual é tão popular em todo o mundo!
Os vinhos varietais, isto é, feitos exclusivamente com Merlot, geralmente são macios e fáceis de beber. Já nos blends (principalmente com Cabernet Sauvignon e Tannat), a Merlot emprega delicadeza e as outras uvas proporcionam mais estrutura à bebida, como acontece nos vinhos de Bordeaux.
Quando é amadurecida em barris de carvalho, a Merlot fica ainda mais redonda e macia, onde aporta-se aromas e sabores que geralmente denotam café, baunilha, chocolate e especiarias.
Quais as diferenças entre a Merlot e a Cabernet Sauvignon?
Antes de entender o que essas uvas apresentam de diferença, é interessante conhecer o que elas compartilham. A Merlot e a Cabernet Sauvignon são utilizadas para criar um dos vinhos de corte (ou blend) mais famosos do mundo: o bordalês.
Elaborado na região de Bordeaux, na França, a clássica mistura utiliza a Cabernet para trazer força e capacidade de envelhecimento ao vinho, enquanto a Merlot empresta equilíbrio e textura ao corte.
Com isso dito, é importante saber que um dos pontos que distinguem os vinhos de Cabernet dos da Merlot é a sua concentração.
A primeira tem uma característica tânica bastante forte, que deixa a sensação de "língua travada", remetendo ao que se sente quando se morde goiaba, caqui ou banana ainda verdes. Isso acontece devido à alta concentração de taninos presente nessa casta da fruta.
Já a Merlot apresenta uma qualidade mais macia ao paladar, oferecendo uma sensação de “língua aveludada”. Essa é uma uva que conta com potencial forte para dar textura macia à bebida, deixando-a mais equilibrada.
Outro ponto de diferenciação é a coloração dos resultados. Quando jovens, os vinhos da Merlot tendem a ser de cor mais violácea, ou seja, tons próximos ao roxo. Enquanto isso, os exemplares também jovens da Cabernet se mostrarão com uma cor mais avermelhada, em nuances de rubi.
Por outro lado, quando envelhecidos, os vinhos Cabernet tomam cores vermelho-tijolo. Já os vinhos produzidos com a Merlot assumem a cor vermelha intensa original da Cabernet.
É por isso que muita gente se confunde na hora de diferenciar essas duas castas em estágios mais envelhecidos.
Quais as Curiosidades da Casta?
A Merlot tem uma Versão Branca
Na elaboração dos vinhos não é permitido adicionar corantes ou aromas sintéticos. A coloração do vinho é proveniente das cascas da uva, pois a maior parte das frutas não apresentam matéria corantes na polpa, sendo assim é possível elaborar vinhos brancos com uvas tintas, desde que se evite o contato prolongado do líquido com as partes sólidas do fruto, processo este conhecido como maceração.
Este processo é pouco usual quando nos referimos a uva Merlot, pois a casca do fruto agrega a maior parte dos aromas e sabores.
É uma das uvas mais Versáteis
Uma das principais razões da popularidade global da Merlot é a sua versatilidade. Isso acontece pois, a partir dela, podem ser elaborados tanto vinhos mais jovens, delicados e leves, quanto bebidas mais encorpadas e com longa guarda. O grande ponto positivo é que ambas as versões mantêm altos padrões de qualidade.
Como acertar nas harmonizações com Merlot?
Quando o assunto é combinar um vinho elaborado a base de Merlot com alimentos, essa uva é bem eclética, já que não está em nenhum extremo de acidez, taninos ou doçura. Para fins de comparação, pode-se dizer que é como se fosse um meio-termo entre Syrah e Pinot Noir.
Os varietais de Merlot harmonizam bem com carnes magras, sejam elas brancas ou vermelhas. Em relação aos queijos escolha os de média maturação, assim não haverá erros. Contudo, um belo exemplar de Merlot fica perfeito com massas ou risotos que contenham tomates ou funghi em sua composição.
O único “senão” do Merlot são as comidas apimentadas, que podem se sobrepor à suavidade do vinho, além das saladas de folhas e peixes, que não dão certo com seu sabor, podendo deixar uma sensação metálica.
Nos blends, como os vinhos Bordeaux que usam Merlot e Cabernet Sauvignon, as carnes vermelhas mais gordurosas deixam a refeição extremamente saborosa. Vale investir na harmonização até com hambúrguer e churrasco!
Agora que você já sabe tudo sobre a uva Merlot e os vinhos dela originados, será que conseguiria diferenciá-la da Uva Cabernet Sauvignon pelo paladar ou aroma? Faça uma degustação em casa, compare com as características que listamos e coloque o conhecimento que acabou de ganhar em prática!
Confira algumas ideias de pratos que harmonizam bem com ele:
* - risoto ao molho funghi;
* - tábua de embutidos e charcutaria artesanal;
* - carne cozida com cogumelos; e
* - Boeuf Bourguignon.
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Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
A Malbec também é uma uva que produz bons vinhos de mesa tintos e secos, um pouco mais encorpados e amargos que a Cabernet Sauvignon.
A uva Merlot se assemelha muito à Cabernet Sauvignon em relação a seu sabor balanceado e suave, porém apresenta um aroma mais frutado e sofisticado. Também elabora vinhos de mesa, tintos e secos.
A Tannat é uma uva de sabor característico e coloração bem intensa, muito diferente das três clássicas apresentadas acima. Muitas vezes, ela é preparada em blends com Merlots para ter seu sabor suavizado. Usada para preparar vinhos de mesa tintos e secos.
A uva Pinot Noir é um exemplo que pode ser usada para a elaboração de vinhos de mesa, como também espumantes, em colorações branca ou tinta. É uma uva suave e muito delicada, bastante difícil de ser cultivada, podendo desenvolver vinhos extremamente saborosos ou pouco complexos.
Essa é uma uva branca, considerada uma das mais nobres para a produção de bons vinhos de mesa ou espumantes, de coloração branca e sabor seco ou demi-sec. Além de ser usada para vinhos brancos, essa é a uva destinada para a preparação de champagnes na França.
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