Cabernet Sauvignon
Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
Conheça tudo sobre a uva Malbec, que tem como origem a França, mas conquistou enólogos argentinos!
A uva Malbec é uma das variedades tintas mais populares do mundo!
E não é à toa, os vinhos produzidos com essa variedade são muito versáteis, equilibrados e aromáticos.
Quais são as origens da uva Malbec?
A uva Malbec é originária da região vitivinícola de Cahors, no sudoeste da França, a cerca de duzentos quilômetros de distância de Bordeaux.
Localizada entre Bergerac e os Pirineus, a cidade de Cahors é a capital do departamento de Lot e conta com uma longa história na produção de vinhos, que remonta à época do Império Romano.
Reza a lenda que um imigrante húngaro chamado Malbek descobriu a variedade em Cahors, sendo o nome da uva posteriormente adaptado para Malbec.
A uva também é conhecida na região pelos nomes Côt e Auxerrois.
Os vinhos produzidos com a uva Malbec em Cahors eram conhecidos como “vinhos negros”, pela sua grande concentração de cor, derivado de um processo específico da região onde é fervida uma parte do mosto fermentado.
Não demorou muito para que a Malbec chegasse a Bordeaux, onde cresceu em popularidade, tornando-se uma das variedades tintas mais cultivadas na região e chegando a fazer parte do tradicional corte bordalês, junto com as uvas Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc e Carménère.
A Praga Filoxera
Durante a segunda metade do século XIX uma praga assolou os vinhedos de toda a Europa, a Filoxera.
O pequeno inseto da espécie Daktulosphaira vitifoliae, originário da América do Norte, atravessou o Oceano Atlântico e foi detectado em vinhedos da França em 1853.
Em pouco tempo a Filoxera espalhou-se por vinhedos de toda a Europa, destruindo as vinhas e levando a ruína a indústria vinícola francesa.
Estima-se que, em 1878, quinze anos após o início da epidemia, cerca de 40% de todos os vinhedos tenham sido perdidos.
Variedades mais delicadas e suscetíveis à pragas, como é o caso da Malbec e da Carménère, foram algumas das mais afetadas.
O estrago nos vinhedos de Carménère foram tão grandes que a cepa era tido como extinta até ser redescoberta do Chile pelo ampelógrafo francês Jean-Michel Boursiquot em 1994.
A solução para combater a para combater a Filoxera na Europa foi o enxerto das vinhas europeias em porta-enxertos de videiras americanas.
Infelizmente, o processo de renovação dos vinhedos europeus, conhecido como Reconstituição, foi longo e árduo.
Chegada da uva Malbec na Argentina
A uva Malbec chegou à Argentina dez anos antes do início da epidemia de Filoxera.
A variedade desembarcou no país no dia 17 de abril de 1853, pelas mãos do agrônomo francês Michel Aimé Pouget.
Essa data foi tão importante que, desde 2001, todo dia 17 de abril é comemorado o Malbec World Day, ou Dia Mundial da Malbec, por uma iniciativa da organização Wines of Argentina.
A cepa Malbec adaptou-se excepcionalmente bem ao clima e terroir da Argentina.
A combinação de altas altitudes, dias quentes e noites frias, permitem que a variedade desenvolva-se de forma saudável, dando origem a vinhos de excelente qualidade.
Uma tragédia mais recente, a grande geada de 1956 na França, fez com que os únicos vinhedos originais, aqueles plantados em pé-franco, fossem os argentinos.
Os viticultores argentinos viram uma grande oportunidade de produzir vinhos Malbec de alta qualidade.
Em 1997 foi introduzido o primeiro Malbec argentino envelhecido em barris de carvalho que logo tornou-se um grande sucesso mundial.
Graças a esse feito, os vinhedos de Malbec na Argentina cresceram cerca de 173% em vinte anos, passando de dez mil hectares em 1990 para trinta mil hectares em 2010.
Hoje, a Malbec é praticamente sinônima com a Argentina, ocupando mais de quarenta mil hectares de vinhedos desde Salta à Patagônia, mas especialmente Mendoza, que concentra mais de 80% da produção de Malbec argentino.
A Argentina é a maior produtora de Malbec do mundo, com cerca de 75% de toda a produção mundial.
Depois, em número bem menor, está a França. Outros países que produzem vinhos Malbec são Chile, Itália, Espanha, África do Sul, Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos.
Quais são as características da uva Malbec?
A uva Malbec apresenta cachos de tamanho médio e formato cônico. Seus bagos são médios, organizados em formato de esfera.
Os frutos contam com polpa macia e coloração negra com nuances azuladas.
Entre os principais aromas da uva Malbec vale destacar notas de frutas negras e vermelhas maduras, como ameixa, groselha e amora, notas florais, como de violeta, notas herbáceas e de especiarias, como de anis estrelado.
Também é possível notar na uva Malbec toques de figo, café, tabaco, chocolate e baunilha. O envelhecimento em carvalho traz notas torradas e aromas de couro.
Como já mencionado, a Malbec é uma variedade suscetível a pragas e que demanda cuidados.
O ideal é que o cultivo seja no sistema de condução com espaldeira baixa e rendimentos limitados, não superando 60 hectolitros por hectare para a produção de vinhos de alta gama.
Quais são as características do Vinho Malbec?
A Malbec é uma uva versátil, produzindo desde vinhos tintos despretensiosos e fáceis de gostar, feitos para o consumo imediato, até rótulos mais sérios, robustos e austeros, envelhecidos em carvalho e com ótimo potencial de guarda.
No geral, os vinhos Malbec apresentam coloração profunda e intensa, em nuances que vão do rubi ao violeta.
Apresentam bom volume, taninos refinados e acidez equilibrada.
Quando jovens, os rótulos Malbec tendem a revelar aromas de frutas vermelhas e negras, como ameixa, cereja, framboesa e mirtilo.
Muitos, surpreendem ainda mais nos aromas, com camadas de pimenta-preta, frutas secas, chocolate, couro, café e tabaco.
Existe um Malbec para todos os gostos, tanto para aqueles que preferem vinhos ao estilo do Velho Mundo quanto para os que gostam de rótulos mais jovens, frescos e fáceis de beber.
Além de produzir excelentes vinhos tintos, a uva Malbec também dá origem a ótimos vinhos rosés.
São rótulos frescos e aromáticos, que esbanjam aromas de frutas vermelhas e boa acidez. Isso tudo sem falar da sua belíssima coloração rosada!
Como Harmonizar Malbec?
Os vinhos tintos produzidos a partir da uva Malbec são bastante versáteis, combinando com uma grande variedade de pratos.
A harmonização mais tradicional é com carnes vermelhas, sejam grelhadas ou assadas.
O brasileiríssimo churrasco é uma ótima pedida para acompanhar um bom Malbec, assim como a parrilla argentina, onde a carne é assada em grelhas e com brasas de lenha dura.
Os queijos são uma parceria de sucesso para acompanhar vinhos tintos.
No caso do Malbec, a sugestão são os queijos duros, como Gouda, Edam, Gruyère e Emmenthal.
E na hora da sobremesa? Procure combinar o vinho Malbec com receitas à base de chocolate amargo ou nozes. O sucesso é garantido!
A leveza dos vinhos Malbec rosé faz deles uma ótima opção de aperitivo.
Experimente também com entradas, saladas, peixes, frutos do mar, pratos da culinária mediterrânea e oriental, principalmente sushi e sashimi.
Estas são algumas sugestões de pratos para harmonização:
* - carne de cordeiro;
* - carne de costela;
* - churrasco;
* - pizzas à base de embutidos, como calabresa e pepperoni; e
* - risotos com linguiça ou carne seca.
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Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
A Malbec também é uma uva que produz bons vinhos de mesa tintos e secos, um pouco mais encorpados e amargos que a Cabernet Sauvignon.
A uva Merlot se assemelha muito à Cabernet Sauvignon em relação a seu sabor balanceado e suave, porém apresenta um aroma mais frutado e sofisticado. Também elabora vinhos de mesa, tintos e secos.
A Tannat é uma uva de sabor característico e coloração bem intensa, muito diferente das três clássicas apresentadas acima. Muitas vezes, ela é preparada em blends com Merlots para ter seu sabor suavizado. Usada para preparar vinhos de mesa tintos e secos.
A uva Pinot Noir é um exemplo que pode ser usada para a elaboração de vinhos de mesa, como também espumantes, em colorações branca ou tinta. É uma uva suave e muito delicada, bastante difícil de ser cultivada, podendo desenvolver vinhos extremamente saborosos ou pouco complexos.
Essa é uma uva branca, considerada uma das mais nobres para a produção de bons vinhos de mesa ou espumantes, de coloração branca e sabor seco ou demi-sec. Além de ser usada para vinhos brancos, essa é a uva destinada para a preparação de champagnes na França.
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