Cabernet Sauvignon
Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
Uva Carignan, evolução e renascimento
A vida de um apaixonado por vinhos é marcada por descobertas, e uma das melhores é a uva Carignan, que é a escolhida para ser a estrela deste artigo.
Quando nos embrenhamos no mundo do vinho não é incomum sentirmo-nos como arqueólogos, exploradores de terras outrora desconhecidas e que nos revelam belezas e delícias.
Assim como um desbravador de civilizações que renascem aos nossos olhos contemporâneos, repletas de grandezas e esplendor, temos uvas que são redescobertas, de tempos em tempos, que surpreendem.
Este pode ser o caso da outrora desprezada uva Carignan, que hoje resulta em ótimos vinhos, apesar de ter sido anteriormente pouco valorizada.
Origem e História
Podemos rastrear a origem da Carignan até a Espanha, mais especificamente ao nordeste, resumidamente onde ela é mais conhecida como Cariñena, Mazuelo ou Samsó.
Podemos ser ainda mais específicos, e dizer que o nascedouro da Carignan se deu nas áreas baixas de Aragão, e a cidade com nome de “Cariñena” nos dá uma boa pista.
Daí, ela se desenvolveu para o oeste, posteriormente passando pela região de Rioja. Mas, como o próprio nome já denuncia, sabemos que ela foi batizada definitivamente na terra dos vinhos finos: França.
Foi na ensolarada Côte d’Azur que ela se projetou para o mundo. De lá, ela acabou se espalhando para vários países, como:
* - Marrocos;
* - Itália;
* - Israel;
* - Califórnia;
* - Chile.
A grande variante que se destaca é a tinta, ainda que possua mutações tanto brancas quanto gris.
Rejeitada e Notada ao Mesmo Tempo
Uma coisa a se destacar na Carignan é que ela se tornou notável exatamente no ponto no qual a maioria dos produtores costuma não gostar, a superprodução.
É preciso de fato considerar que a ascensão da Carignan se deu após o período de pragas da philloxera.
Mas a vasta capacidade produtiva não impediu que os produtores locais implantassem seu cultivo, visto que fazer um vinho de alta qualidade não era o objetivo deles inicialmente.
Em suma, a ideia, na ocasião, era somente produzir em grandes quantidades, afinal, era possível em uma única safra, sob condições certas, ter uma produção final de 200 Hl/ha.
No Século XX a Carignan Deslanchou
Então, durante o século XX, a principal orientação comercial da uva Carignan era, de fato, vencer pela quantidade.
Entretanto, diversos vitivinicultores não se conformavam em fazer apenas um vinho de alto volume e pouca qualidade – eles queriam mais.
Por isso, conforme os anos foram se passando, houve um desenvolvimento maciço desta uva, desde a França até as terras da Catalunha, na Espanha.
E tudo aconteceu nas últimas décadas – e é isto que significa por vezes, no mundo da enologia, “redescobrir” uma uva ou vinho.
A Diferença está na Forma
Pode perguntar a qualquer viticultor sobre a uva Carignan que vai receber a mesma resposta: Ela é bem chata de cultivar.
Com cachos grandes, apertados, e um ciclo de maturação longo, a possibilidade de apodrecer ou contrair alguma doença fúngica é bem grande.
Sem dizer que ela demanda que os solos sejam pobres e não chova muito, para que o seu sabor se acentue.
Mas a mudança do jogo aconteceu graças ao Instituto Nacional Francês de Pesquisa Agrícola. Lá, foi desenvolvida uma forma de cultivo da Carignan que impede a proliferação de vírus e consegue melhorar o produto final.
Definitivamente, a intervenção por parte do homem é necessária para esta uva.
Sua fermentação é toda feita em tanques de aço inoxidável, mas também se experimentam barris abertos e ânforas de argila.
Hora de Saborear
Muito versátil e com uma variedade interessante de cor e acidez, a uva Carignan fica muito bem com a Grenache.
Vinhos feitos com esta uva, apresentam aroma de frutas escuras, cereja, violeta e outras flores, mas também delicadas notas de cacau e casca de laranja.
No paladar, é possível sentir taninos finos e bastante frescor, o que resulta em um vinho vivaz e jovem, ainda que possua excelente potencial de envelhecimento.
Para harmonizar com esta delícia, carnes assadas são uma ótima pedida, especialmente quando acompanhadas de vegetais.
Alguns ótimos vinhos que possuem a Carignan são:
* - Vinyes d’em Gabriel, Mans de Samsó, Montsant;
* - Celler Masroig, Les Sorts Vinyes Velles, Montsant, 2013;
* - Marco Abella, Roca Grisa, Priorat, Catalonia, Spain, 2015
A uva Carignan é o exemplo de que nunca se deve desistir de algo (que valha a pena).
O investimento em novos métodos conseguiu colocar esta uva, antes desprezada, nas vitrines de todo o mundo.
Demorou para que ela renascesse com todo seu esplendor, mas aconteceu.
Dê valor a saga da Carignan e aplauda sua trajetória com uma taça de seu vinho!
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Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
A Malbec também é uma uva que produz bons vinhos de mesa tintos e secos, um pouco mais encorpados e amargos que a Cabernet Sauvignon.
A uva Merlot se assemelha muito à Cabernet Sauvignon em relação a seu sabor balanceado e suave, porém apresenta um aroma mais frutado e sofisticado. Também elabora vinhos de mesa, tintos e secos.
A Tannat é uma uva de sabor característico e coloração bem intensa, muito diferente das três clássicas apresentadas acima. Muitas vezes, ela é preparada em blends com Merlots para ter seu sabor suavizado. Usada para preparar vinhos de mesa tintos e secos.
A uva Pinot Noir é um exemplo que pode ser usada para a elaboração de vinhos de mesa, como também espumantes, em colorações branca ou tinta. É uma uva suave e muito delicada, bastante difícil de ser cultivada, podendo desenvolver vinhos extremamente saborosos ou pouco complexos.
Essa é uma uva branca, considerada uma das mais nobres para a produção de bons vinhos de mesa ou espumantes, de coloração branca e sabor seco ou demi-sec. Além de ser usada para vinhos brancos, essa é a uva destinada para a preparação de champagnes na França.
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