Cabernet Sauvignon
Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
O que é Vinho de Mesa: O Vinho nos dias atuais
Bem-vindo ao complexo universo dos vinhos! Antes de começarmos os trabalhos, é nosso dever dizer que, atualmente, a bebida já virou realidade na rotina de muitos brasileiros.
Uma tacinha no jantar, uma garrafa no almoço do fim de semana, um brinde em uma ocasião especial… o que antes parecia distante aos olhos – e bolsos – do público, hoje não é mais (ainda bem!). São milhares os exemplares que estão aí para serem degustados.
Você muito provavelmente já deve ter encontrado rótulos com a classificação Vinho de Mesa, não é mesmo? Mas será que consegue imaginar tudo o que isso significa?
Fique sabendo que além das características específicas que falamos abaixo, a legislação no Brasil define como Vinho de Mesa aqueles com graduação alcoólica entre 8,6 e 14%.
As uvas mais Prestigiadas
Com o início de sua vida remetendo ao Velho Mundo, a bebida cruzou fronteiras e hoje é sinônimo de sucesso em países como Chile, África do Sul, Nova Zelândia e, claro, Brasil. É fato que as uvas mais conhecidas para a produção de Vinhos Finos são Vitis Vinifera (Cabernet Sauvignon, Merlot, Carménère, Chardonnay, Sauvignon Blanc etc). Mas existem outros tipos de espécie que dão vida a uma nova categoria de vinhos: a de Vinhos de Mesa.
A Vitis Labrusca, por exemplo, é uma das classes responsáveis pela elaboração desses rótulos. Suas castas mais famosas são a Concord, a Bordô, a Niágara e a Isabel, que é a uva mais plantada do Brasil.
Vitis Vinifera x Vitis Labrusca
Ou melhor dizer Uvas Europeias x Uvas Americanas? Ou Uvas Finas e Uvas de Mesa? Ou, ainda, Vinho Fino x Vinho de Mesa? Num primeiro momento, essa pode ser a relação mais fácil para você entender a diferença entre as categorias. Num segundo momento, precisamos de calma! Afinal, são várias as singularidades que distinguem um tipo de vinho do outro.
As cepas Vitis Viniferas têm casca mais grossa, bagos menores e são originárias da Europa em sua maioria. Elas precisam de maior cuidado no cultivo, não se adaptam tão facilmente a terroirs diversos, e originam exemplares mais complexos, secos e com taninos. Com brilho e maior intensidade de cor, apresentam grande variedade de aromas, sabores e estrutura. Seu processo de fabricação é mais rigoroso para garantir integridade e qualidade, e seus vinhos só têm a ganhar com o envelhecimento em carvalho e garrafa.
Já as Vitis Labrusca, Vitis X Bourquina, Vitis Rupestris, entre outras, têm casca mais fina, bagos maiores e, mesmo não tendo sua origem sempre na América, ainda assim são relacionadas ao continente . Elas são indicadas especialmente para consumos diretos, como sucos e uvas passas também, e não encontram muita dificuldade para se adaptarem a terrenos ou climas diferentes. Suas cores são mais opacas, aromas rústicos e sabores delicados. E além de seus vinhos não estagiarem em barricas de carvalho, também não é recomendado que envelheçam em garrafa.
Basicamente, o Vinho de Mesa é produzido para ser consumido jovem. Aqui vale a máxima “quanto mais jovem, melhor”, já que seu caráter, cor, aromas e sabores são mais intensos e expressivos. Em sua maioria, são fabricados em grande quantidade e, ao contrário do que muitos pensam, não têm qualidade menor que o Vinho Fino.
Não duvide da qualidade do Vinho de Mesa
O que acontece com a confusão da baixa qualidade é, em resumo, cultural.
Alguns países europeus incluem nos rótulos “Vinho de Mesa”, como Vino de Mesa, na Espanha, e Vin de Table, na França, mesmo quando em sua composição são usadas uvas da espécie Vitis Vinifera. O que você deve saber aqui é que se trata apenas de uma classificação – comumente – utilizada no Velho Mundo para exemplares que estão na menor categoria de qualidade.
Além disso, é importante lembrar que Vinhos de Mesa contêm antranilato de metila. Ele é um composto que proporciona aroma de uva, baixo teor alcoólico e menor concentração de açúcares. Aliás, você sabia que o Brasil é um dos únicos países que elaboram esse tipo de vinho?
O Vinho de Mesa no Brasil
Já falamos da dificuldade de cultivo das castas Vitis Viniferas, né? Então não deve ser segredo que, por uma série de fatores, outras espécies se deram melhor em terras brasileiras.
Numa rápida viagem ao passado, descobrimos que o vinho desembarcou no país junto com as primeiras caravelas, por volta do ano de 1500. No início, ele servia apenas para limpar alimentos por causa do álcool. Mas a partir de 1870, com a colonização dos imigrantes italianos, o Vinho de Mesa verdadeiramente começou a se tornar popular e ser negócio. Com a produção no país, passou a ser conhecido também por Vinho Colonial. E a partir daí, os vinhedos começaram a se perder de vista no Rio Grande do Sul.
Vinho de Mesa Seco x Vinho de Mesa Suave
Você sabia que existem dois tipos de Vinho de Mesa?
Enquanto o Vinho de Mesa Seco tem em sua composição apenas o álcool resultado da fermentação do açúcar da uva, o Suave passa por um processo de adição de açúcar após esse processo. Em outras palavras, é vinho seco com açúcar!
Ok, o Seco até pode ter algum nível de açúcar, mas é praticamente inexistente. Além disso, no Suave, existem casos (raros, mas existem) em que a casta tem uma quantidade de açúcar tão grande que, enquanto é maturada, uma parte vira álcool e a outra açúcar residual. Em outras palavras, é bastante arriscado esperar o amadurecimento ideal, já que são grandes as chances de a uva apodrecer.
Vale a curiosidade: vinhos finos licorosos ou de sobremesa, como o do Porto, são ótimos exemplos de rótulos muito doces e que não têm adição de açúcar.
Vinho de Mesa x Vinho de Mesa Fino
Para você não esquecer nunca mais: o Vinho Fino pode ser Vinho de Mesa, mas o Vinho de Mesa não pode ser Vinho Fino.
Desde quando foi descoberto até os dias de hoje, o Vinho de Mesa é responsável por 90% do consumo da bebida no país (contra 10% do Vinho Fino). Se falarmos em produção em terras brasileiras, são 80%/20%. Ele tornou-se o queridinho dos brasileiros, porque é apreciado em grande quantidade a preços bem acessíveis.
“Mas qual vinho é melhor?” Olha, precisamos ser sinceros, então fique atento!
O melhor vinho é… o que você mais gosta! Simples assim. Seja ele Fino ou de Mesa. Tinto, branco, rosé ou espumante. Mais encorpado ou menos complexo.
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Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
A Malbec também é uma uva que produz bons vinhos de mesa tintos e secos, um pouco mais encorpados e amargos que a Cabernet Sauvignon.
A uva Merlot se assemelha muito à Cabernet Sauvignon em relação a seu sabor balanceado e suave, porém apresenta um aroma mais frutado e sofisticado. Também elabora vinhos de mesa, tintos e secos.
A Tannat é uma uva de sabor característico e coloração bem intensa, muito diferente das três clássicas apresentadas acima. Muitas vezes, ela é preparada em blends com Merlots para ter seu sabor suavizado. Usada para preparar vinhos de mesa tintos e secos.
A uva Pinot Noir é um exemplo que pode ser usada para a elaboração de vinhos de mesa, como também espumantes, em colorações branca ou tinta. É uma uva suave e muito delicada, bastante difícil de ser cultivada, podendo desenvolver vinhos extremamente saborosos ou pouco complexos.
Essa é uma uva branca, considerada uma das mais nobres para a produção de bons vinhos de mesa ou espumantes, de coloração branca e sabor seco ou demi-sec. Além de ser usada para vinhos brancos, essa é a uva destinada para a preparação de champagnes na França.
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