Cabernet Sauvignon
Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
Borgonha, conheça a história da rota dos Vinhos franceses
São muitos os motivos que levam as pessoas até Borgonha, como sua gastronomia, seus campos cobertos de vinhedos, suas vilas simpáticas e sua herança histórica e arquitetônica. Por isso, no post de hoje vamos descobrir um pouco mais sobre a história dessa região abençoada pela natureza e pelos monges.
Preparado? Então, confira a história de Borgonha e suas principais atrações turísticas. Também entenda como essa região tornou-se referência na elaboração de vinhos excepcionais e conheça suas uvas e bebidas mais famosas.
A história de Borgonha
Situada no centro-leste da França, a história da Borgonha foi construída através de muitas civilizações, como os povos celtas das tribos dos Gauleses, Romanos e Galo-Romanos. Mas foram os bárbaros — francos e burgúndios — que teceram os principais capítulos dessa história francesa.
Dentre eles, o povo mais importante foram os burgúndios que deram origem ao nome da região. Mas antes de chegarem a Borgonha, se instalaram primeiro na Germânia e na Gália. Depois tentaram estender seus territórios até a Bélgica.
Contudo, foram impedidos pelo general romano Aécio e foram transferidos para Saboia. De lá, espalharam-se para Saône e Rôdano. Anos mais tarde, sob o poder dos francos em 532, tiverem seu território reunido à Nêustria, dando origem à Borgonha.
Os anos seguintes foram uma sangrenta consolidação de poder até os burgúndios se restabeleceram após uma série de guerras bem-sucedidas. Em 880, Ricardo II da Borgonha fundou o Ducado da Borgonha, uma das principais potências da Europa da época.
Graças a sua riqueza e seu vasto território, o ducado foi econômica e politicamente importante. Nos séculos XI e XII, o estabelecimento das abadias de Cluny e Citeaux também contribuíram para o desenvolvimento dessa região.
Pois os monges e os duques de Valois buscaram a perfeição no cultivo, principalmente das uvas, por meio do desenvolvimento de melhores métodos de cultivo. As abadias também tornaram-se centros da ciência dogmática e pensamentos reformadores.
Tempos depois, Borgonha incluiu ao seu território a Holanda e a Bélgica, como conhecemos hoje, tornando-se um país rival do Reino da França. No final do século XV, ela foi anexada ao domínio da coroa francesa, após a morte de Carlos.
A partir daí, suas histórias se incorporam. Em 2016, com a descentralização do país, a região de Borgonha se funde com sua vizinha, formando uma grande região conhecida como Bourgogne Franche-Comté.
Principais atrações da região
Borgonha traz consigo muitas histórias, as quais ainda são preservadas de geração em geração. Quer conhecê-las? Então, confira as principais atrações dessa região para quando for visitá-la.
Hospices de Beaune ou Hôtel-Dieu
Foi fundado em 1443 como um hospital para atender a população carente de Beaune, na Borgonha. Foi uma obra de caridade construída pelo diplomata francês Nicola Rolin e sua esposa Guigone de Salins após a Guerra dos Cem Anos, que destruiu completamente a região.
O palácio para os pobres ajudou muitas pessoas por mais de 500 anos. Atualmente, é um museu onde se pode visitar as antigas instalações. Impecável em relação a sua conservação, esse monumento é um raro testemunho da arquitetura civil da Idade Média.
Castelo du Clos de Vougeot
A primeira edificação foi erguida por monges no século XII, com o propósito de tornar-se uma abadia. Quatro séculos depois um gigantesco castelo renascentista foi anexado à construção, tornando-se um dos castelos mais famosos da região e sendo considerado um monumento histórico desde 1949.
É a sede de uma das mais ilustres sociedades de apreciadores de vinho do mundo, a Confraria dos Cavaleiros do Tastevin. Em certas ocasiões do ano, os membros se reúnem no castelo Clos de Vougeot para eventos gastronômicos e culturais.
Abadia Cisterciense de Fontenay
A Abadia de Fontenay foi fundada em 1118 por São Bernardo de Clairvaux. É um dos lugares mais lendários da França, que continua bem preservado pela família Aynard, que cuida do local desde 1905. Ela impressiona com seu conjunto arquitetônico integrado por seus belíssimos jardins, dormitórios, estátuas e, obviamente, sua igreja.
Legitimada como um dos monumentos históricos francês, a abadia foi reconhecida como parte do Patrimônio Mundial pela UNESCO no ano de 1981. Se você aprecia o turismo religioso ligado à história, vai se encantar com a sua arquitetura suntuosa.
Cascades du Hérisson
Se você ama o contato com a natureza, então surpreenda com a magia desse vale reconhecido pela abundância de água, com uma paisagem digna de um cartão-postal. Visite esse lugar e não esqueça de levar um delicado vinho borgonhês para deixar o momento ainda mais especial.
A cascata de Hérisson revela uma série de sete cachoeiras em um trajeto de 3,7 km de comprimento e 255 m de altura. Ela é a união de dois riachos originários dos lagos de Ilay e Bonlieu, sendo um dos locais mais notáveis da região da Borgonha.
Vilarejos charmosos
Que tal passear pelas estradas que levam a campos cobertos por vinhedos? Na rota dos vinhos você atravessa diversos vilarejos pitorescos e ao longo das colinas tem a oportunidade de se deslumbrar com as vinhas rodeadas de muros de pedras.
Em algumas vinícolas, o turista pode entrar para degustar sem ter hora marcada. Então, quando fizer esse passeio visite os vilarejos Vézelay, Noyers-sur-Serein, Auxerre e Chablis. Lembrando, que o mais divertido é fazer alguns trajetos de bicicleta, assim você poderá se divertir com plena liberdade e fazer várias paradas para tirar fotos lindas.
A viticultura em Borgonha
É impossível falar da Borgonha, sem falar de seus vinhos. Pois é nessa região francesa que se encontra as bebidas mais renomadas e mais caras no mundo. Entretanto, você sabe o que as tornam tão especiais? O seu terroir.
Terroir é uma palavra francesa que não apresenta uma tradução literal, embora para o nosso bom português o termo seja semelhante a palavra "terra". Porém, no mundo dos vinhos, é muito mais do que isso. Terroir é o conjunto de três fatores principais: solo, clima e a interação do homem com planta, fazendo com que os vinhos resultantes apresentem uma tipicidade singular, não podendo ser igualados a outros.
A região da Borgonha possui características especiais para a viticultura, com um solo geologicamente rico e microclimas especiais. Ela apresenta várias microrregiões, fazendo com que as uvas cultivadas em cada uma delas sejam completamente diferentes entre si, mesmo que a variedade de uva seja a mesma. Curioso, não?
O fato que comprova as singularidades de cada microrregião são as delimitações conferidas às distintas parcelas de terras ao longo dos anos. Foram demarcados mais de 100 Appellation d'Origine Contrôlée (AOC), ou Denominação de Origem Controlada.
Essas certificações garantem a origem e a tipicidade dos vinhos franceses. O sistema AOC na Borgonha usa quatro designações.
Cru Régional
São elaborados a partir de castas de uvas cultivadas nos vinhedos dentro da região da Borgonha. É a classificação mais genérica. Dentro dessa certificação enquadram-se uvas menos famosas, como a branca Aligoté e também os delicados espumantes intitulados de Crémant da Borgonha.
Cru Village
Traz o nome da vila ou comuna onde está o vinhedo. Os vinhos village podem ser elaborados a partir do blend de uvas cultivadas em diferentes vinhedos. Ou seja, não possuem um terroir específico, mas nem por isso apresentam qualidade duvidosa. Bons exemplos são os vinhos de Savigny-lès-Beaune ou Auxey-Duresses.
Premier Cru
A denominação Premier Cru identifica vinícolas particulares que possuem um terroir com o potencial para elaboração de vinhos excepcionais. Os vinhos dessa classe são um dos resultados do conhecimento e experiência dos monges. Seus rótulos contém os vinhedos e as comunas, como Beaune 1°Cru de Les Marconnets.
Grand Cru
Os vinhos da classificação Grand Cru são considerados a elite dos vinhos de Borgonha. Por isso, são os mais raros e mais caros. São poucos os vinhedos que possuem essa denominação, com destaque os localizados em Côte d’Or.
Borgonha e seus vinhos famosos
Várias variedades de uvas são cultivadas na Borgonha, como Gamay e Aligoté, mas os grandes vinhos são elaborados a partir das Pinot Noir e das Chardonnay, que juntas representam grande parte da área plantada dessa região.
Em nenhum outro lugar do mundo, a Pinot Noir resulta em tintos tão complexos e intrigantes. Os vinhos mais famosos são elaborados com uvas cultivadas em Côte d’Or, região fragmentada em outras duas, como Côte de Nuits ao norte e Côte de Beaune ao sul. As uvas dessa região apresentam notas aromáticas singulares, descritas como amoras ou violetas, e às vezes terrosos, como beterraba e funghi. Também costumam ser muito longevos, superando décadas.
A Côte de Nuits, localizada ao norte, produz majoritariamente vinho tinto, como o elegante e intenso Romanée-Conti. A região de Côte Chalonnaise e Mâconnais também produz a uva Pinot Noir que resultam em vinhos muitos especiais.
Já os Vinhos Brancos mais famosos são elaborados com uvas Chardonnay cultivadas em Chablis. O resultado é uma bebida de acidez vibrante e com toque mineral devido à presença de calcário no solo. Provavelmente seja o vinho branco mais famoso do mundo, tentando ser replicado, mas nunca igualado.
Há quatro grupos de Chablis, os provenientes de Grand Cru que são mais complexos aromaticamente. Já os Premiers Crus, apresentam aromas mais sutis e com menor teor alcoólico. Há também os Chablis comuns e os Petit Chablis, mais atrativos em relação ao seu preço.
Os brancos também podem ser elaborados com uvas cultivadas em Côte Beaune, que resultam em vinhos elegantes e frescos. Além de Mâconnais com suas bebidas sofisticadas e que cada vez mais ganham prestígio mundo afora, como o Pouilly-Fuissé.
Como vimos, não é atoa que existe a expressão "bon vivant", que quer dizer viver bem. Viver como um cidadão de Borgonha é saber viver em meio aos seus vilarejos encantadores e seus vinhos maravilhosos.
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Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
A Malbec também é uma uva que produz bons vinhos de mesa tintos e secos, um pouco mais encorpados e amargos que a Cabernet Sauvignon.
A uva Merlot se assemelha muito à Cabernet Sauvignon em relação a seu sabor balanceado e suave, porém apresenta um aroma mais frutado e sofisticado. Também elabora vinhos de mesa, tintos e secos.
A Tannat é uma uva de sabor característico e coloração bem intensa, muito diferente das três clássicas apresentadas acima. Muitas vezes, ela é preparada em blends com Merlots para ter seu sabor suavizado. Usada para preparar vinhos de mesa tintos e secos.
A uva Pinot Noir é um exemplo que pode ser usada para a elaboração de vinhos de mesa, como também espumantes, em colorações branca ou tinta. É uma uva suave e muito delicada, bastante difícil de ser cultivada, podendo desenvolver vinhos extremamente saborosos ou pouco complexos.
Essa é uma uva branca, considerada uma das mais nobres para a produção de bons vinhos de mesa ou espumantes, de coloração branca e sabor seco ou demi-sec. Além de ser usada para vinhos brancos, essa é a uva destinada para a preparação de champagnes na França.
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