Cabernet Sauvignon
Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
A influência dos barris de carvalho no aroma e sabor dos vinhos
Os mais delicados detalhes podem fazer a diferença no universo dos vinhos. Para além das uvas, todo processo é pensado com muita exatidão para que o resultado final seja aquele que os paladares dos mais exigentes sejam contemplados. O tempo de colheita, a escolha dos barris de carvalho para armazenamento, as rolhas... tudo é meticulosamente pensado pelos produtores.
Você provavelmente já deve ter lido sobre vinhos amadeirados. Talvez já tenha até mesmo provado um. É essa característica específica dos vinhos que nós vamos explorar aqui. Agora você vai entender o que de fato significa um vinho considerado amadeirado e o que os barris de carvalho têm a ver com isso.
Para o que servem os barris de carvalho?
Esse atributo que determinados vinhos possuem está ligado ao recipiente no qual os vinhos são armazenados. Os barris de carvalho são tradicionalmente utilizados pelos produtores de vinhos para a maturação. Processo esse que pode durar meses ou até mesmo anos.
Cada vinho possui um tempo específico de maturação, de acordo com suas peculiaridades e forma de elaboração, variando as notas amadeiradas do vinho. Mas você sabia que há um universo ainda dentro dos barris de carvalho?
Como o carvalho influencia o vinho?
A história da produção de vinho é milenar e, certamente, outros recipientes já foram utilizados no processo de armazenamento dessa bebida pelo mundo. Antigas representações gregas mostram ânforas de cerâmicas nas quais os vinhos eram guardados. Entretanto, o carvalho tornou-se o recipiente mais utilizado porque os produtores notaram uma interferência positiva.
A maturação nos barris de carvalho intensifica a coloração e o sabor do vinho, além de conferir o dito toque amadeirado. A porosidade da madeira também é a ideal para proporcionar uma oxigenação gradual da bebida.
O fato do oxigênio entrar gradualmente pelos poros do carvalho também diminui a intensidade dos taninos, conferindo uma textura mais aveludada, mais suave para o vinho.
Quais são os tipos de barris de carvalho?
Existe mais de um tipo de carvalho utilizado na fabricação de barris e cada um deles proporciona características distintas aos vinhos, devido à sua composição química e ao chamado efeito terroir.
Tipicamente encontrados em florestas temperadas da Europa, América do Norte e até mesmo na Ásia, estima-se que existem cerca de 250 espécies diferentes dessa madeira. Vamos apontar as características gerais, dos carvalhos mais comuns no meio dos vinhos.
O carvalho francês
A França é a maior fonte de carvalho da Europa e lá estão as madeiras mais requisitadas e sofisticadas do mundo. Entretanto, o país apresenta uma legislação rígida em torno do corte do carvalho, visando a perpetuação da espécie e também a garantia da qualidade do produto. Em geral, o carvalho francês é considerado pelos enólogos complexo e elegante e apresenta taninos suaves.
Das espécies mais conhecidas existe o Quercus robur, que confere à bebida notas de tabaco, feno e especiarias, trabalhando também com uma adstringência moderada, devido à presença dos taninos da madeira. Outro menos utilizado é o Quercus petraea — ou carvalho séssil —, mais suave e com baixa quantidade de taninos, se comparada a outra variedade. Essa espécie é capaz de proporcionar um sabor mais aveludado com notas de baunilha e especiarias doces.
O carvalho americano
As madeiras encontradas em regiões temperadas da América do Norte, especialmente nos Estados Unidos e no Canadá, também são muito utilizadas na produção de vinho pelo mundo. São mais comuns e mais acessíveis que os franceses.
Os barris fabricados a partir da madeira norte-americana são reconhecidos por seu potencial aromático, agregando notas adocicadas aos vinhos, que variam também de acordo com o ponto de tosta. A espécie mais comum de carvalho encontrada nessas regiões é o Quercus alba.
O carvalho de outras regiões da Europa
Existem também carvalhos interessantes na Hungria, Romênia, Rússia, Polônia e em algumas regiões da Croácia. Em geral, os barris fabricadas com madeiras do Leste Europeu apresentam uma textura marcante e baixa porosidade o que confere uma longevidade maior à bebida devido a baixa micro-oxigenação.
É importante ressaltar que os tanoeiros, ou fabricantes de barris, consideram a origem da madeira mais importante do que sua espécie em si, uma vez que as peculiaridades de cada carvalho está mais ligada à região na qual ele foi plantado. Ou seja, até mesmo os barris de vinho apresentam o seu efeito terroir.
O que mais influencia na qualidade do vinho?
A fabricação de barris é também uma arte, tal qual a fabricação de um vinho. Os melhores tanoeiros do mundo são capazes de fazer recipientes que vão dar os toques exatos que os vinicultores desejam no seu produto final.
Além da procedência do carvalho, também são levados em consideração o ponto de tosta da madeira e também o tamanho desses barris. Vamos entender um pouco como cada um desses fatores interferem no vinho que vai a sua mesa.
Pontos de tosta da madeira
Existem basicamente três tipos de tostas considerados pelos tanoeiros e cada um deles interfere de uma forma distinta na bebida:
* - o nível leve de tosta, conhecido também como light é o que mais respeita as características naturais da madeira e interfere no vinho de uma forma mais delicada;
* - a tosta no nível médio pode ser ponto true medium, muito utilizada na fabricação de barris para barricas de vinho tinto e existe também o médium plus, usado com maior frequência na maturação de vinhos brancos;
* - o terceiro nível de tosta, que é mais elevado que os outros anteriores, confere aos vinhos um caráter defumado e notas mais intensas. Esses barris mais tostados, por assim dizer, são comumente usados nos blends.
Tamanho dos barris
O tamanho dos barris também é uma variável importante para pensar na influência do carvalho sobre o vinho. Quanto menor o barril, maior é a influencia no vinho pela madeira, uma vez que a superfície de contato é maior em relação ao volume. Ou seja, os barris menores provavelmente resultarão em vinhos mais amadeirados do que os maiores.
ida dos barris
Sim, os barris têm vida útil quando se fala da produção vinícola. As “barricas de primeiro uso” influenciam mais do que aquelas que já foram utilizadas na maturação de outros vinhos. De maneira geral, a influência do carvalho sobre o vinho é bastante reduzida a partir da terceira ou quarta utilização de uma mesma barrica.
Quais outras técnicas fazem o vinho ficar amadeirado?
Barris de carvalho de qualidade são caros. Algumas produções — como a francesa — são limitadas e de difícil acesso para os produtores de vinho do mundo. Sendo assim, alguns vinicultores criaram técnicas para obter características semelhantes às dos vinhos maturados em barris de carvalho.
A adição de lascas, pranchas ou serragens de carvalho no vinho durante o período de maturação são bastante usuais. Claro que essa prática ainda é controversa entre os produtores.
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Essa é a uva mais popular para produção de vinhos em todo o mundo. Produz bons vinhos de mesa, geralmente tintos, secos e balanceados no amargor e aroma.
A Malbec também é uma uva que produz bons vinhos de mesa tintos e secos, um pouco mais encorpados e amargos que a Cabernet Sauvignon.
A uva Merlot se assemelha muito à Cabernet Sauvignon em relação a seu sabor balanceado e suave, porém apresenta um aroma mais frutado e sofisticado. Também elabora vinhos de mesa, tintos e secos.
A Tannat é uma uva de sabor característico e coloração bem intensa, muito diferente das três clássicas apresentadas acima. Muitas vezes, ela é preparada em blends com Merlots para ter seu sabor suavizado. Usada para preparar vinhos de mesa tintos e secos.
A uva Pinot Noir é um exemplo que pode ser usada para a elaboração de vinhos de mesa, como também espumantes, em colorações branca ou tinta. É uma uva suave e muito delicada, bastante difícil de ser cultivada, podendo desenvolver vinhos extremamente saborosos ou pouco complexos.
Essa é uma uva branca, considerada uma das mais nobres para a produção de bons vinhos de mesa ou espumantes, de coloração branca e sabor seco ou demi-sec. Além de ser usada para vinhos brancos, essa é a uva destinada para a preparação de champagnes na França.
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